"Fui
moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo".
(Salmos 37:25).
"Porque não passa de um momento a
sua ira; o seu favor dura a vida
inteira. Ao anoitecer, pode vir o choro,
mas a alegria vem pela manhã".
(Salmos 30:5).
Eu me
surpreendi com a decisão final da irmã.
Ela decidiu se submeter. Aceitar a
injustiça para dar aos seus Pastores o
reconhecimento que mereciam. Seguiu
falando comigo todo aquele dia de
segunda-feira. Ao fim da tarde
despediu-se. Não estava triste, mas
resignada. Dizia sentir "um frio no
estômago", mas estava fortalecida e ia
para a reunião com toda a segurança. Eu
não a via, porém a imaginava como uma
ovelha, mansa e triste, seguindo para o
matadouro com toda a resignação.
Na
terça-feira ela me convidou outra vez em
conversa instantânea. Perguntei-lhe pela
reunião. Ela me disse que acontecera e
me contou algo que me fez incomodar os
céus para entender como se passou.

Como eu dissera: ela
voltou a falar comigo e estava muito
feliz. Falou de como fora a reunião. Que
os pastores aceitaram as verdades que ela
contou. E que confirmaram ela no
cargo. Falou que oraram juntos e foi de
grande unção. Agora estava restabelecida e
completamente fortalecida no Senhor.
E agora? Como fica o
profeta diante disso? Veja o que disse
Jeremias: "O
Profeta que profetizar paz, só ao cumprir-se
a sua palavra, será conhecido como Profeta
de fato enviado do Senhor" .
(Jeremias 28:9).
Enquanto ela
falava da reunião eu falava com o Senhor e
pedia a Ele que me explicasse em que eu
falhei. Pois eu nada disse que não tivesse
vindo dEle. E
recebi do Pai a revelação de que tudo tinha
acontecido como devia ser. Que ela foi
tirada da coordenação quando aceitou perder
a liderança.
E que
recuperou o cargo quando se submeteu aos
seus pastores e reconheceu o direito deles
de decidir na igreja. E
o Senhor me falou que com ela ocorreu o
mesmo que houve com Abraão:
ele aceitou o
sacrifício de Isaque em holocausto e o
Senhor o liberou da perda na última hora.
E o Senhor me
falou: “Eu não
quero a morte do pecador, mas que ele se
converta e me deixe salva-lo”.
Eu disse: amém, Senhor. Eu entendo. Mas como
faço ela entender? Ele me disse: Mostre a
ela o que Samuel disse a Saul. Então eu
mostrei a ela:
"Eis que o obedecer é
melhor do que o sacrificar, e o atender,
melhor do que a gordura de carneiros. Porque
a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e
a obstinação é como a idolatria e o culto a
ídolos do lar. Agora, pois, te rogo,
perdoa-me o meu pecado e volta comigo, para
que adore o Senhor".
(I Samuel
15:22-23,25).
Para Saul, como
sabemos, não houve remédio. Sua
desobediência custou-lhe o seu reino, que
passou para Davi. No caso aqui narrado foi
diferente: aquela irmã se submeteu e se
resignou. Por isso foi agalardoada com a
permanência no seu cargo, agora nomeada
pelos novos Pastores, a quem ama e obedece
sem restrições.
O Profeta não mentiu
e o Senhor não foi infiel à sua Palavra.
Fica, somente, a lição a ser guardada para
que conheçamos como e de onde nos vem a
Profecia:
"O homem
não pode receber coisa alguma, se não lhe
for dada do céu. Vós mesmos me sois
testemunhas de que eu disse: Não sou o
Cristo, mas sou enviado adiante dele.
Assim, pois, este meu gozo está completo.
É necessário que ele cresça e que eu
diminua".
(João 3:27-30).
Tenhamos, pois, em
nós, o mesmo pensamento de Paulo, que
sendo um sábio segundo o mundo, se fez um
louco segundo Deus, para que aqueles a
quem ele levava o Evangelho não tivessem
nele um opositor, mas sim um servidor.
"Porque
tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos,
nos pôs por últimos, como condenados à
morte; pois somos feitos espetáculo ao
mundo, tanto a anjos como a homens. Nós
somos loucos por amor de Cristo, e vós
sábios em Cristo; nós fracos, e vós
fortes; vós ilustres, e nós
desprezíveis.Até a presente hora padecemos
fome, e sede; estamos nus, e recebemos
bofetadas, e não temos pousada certa, e
nos afadigamos, trabalhando com nossas
próprias mãos; somos injuriados, e
bendizemos; somos perseguidos, e o
suportamos; somos difamados, e exortamos;
até o presente somos considerados como o
refugo do mundo, e como a escória de
tudo. Não escrevo estas coisas para vos
envergonhar, mas para vos admoestar, como
a filhos meus amados. Porque ainda que
tenhais dez mil aios em Cristo, não tendes
contudo muitos pais; pois eu pelo
evangelho vos gerei em Cristo Jesus".
(I Corintios 4:10-16).
"Rogo-vos, portanto, que sejais meus
imitadores".

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